O presidente da Força Sindical na Bahia, Emerson Gomes, afirmou nesta quinta-feira (14) que, caso o ministro da Justiça Sergio Moro precisa ser punido, caso seja comprovado que ele errou ao tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato em diálogos com o procurador Deltan Dallagnol, como revelou o site The Intercept Brasil.

Manifestantes estão nas ruas em várias regiões do país para protestar contra o ex-juiz, mas também de forma contrária à reforma da Previdência, principal pauta do “14J”, como foi apelidada nas redes sociais a Greve Geral desta quinta.

“Nosso apoio é que a gente possa ter o exercício da democracia garantido. Seja ele punição dos políticos, como vem ocorrendo, mas seja eles também no Judiciário, nos sindicatos, como em todas as instituições. Tem gente que, muitas vezes, se utiliza do poder que tem para se favorecer. Se o Sergio Moro errou, terá que pagar pelos erros que cometeu”, afirmou Emerson.

Ainda segundo o presidente da Força Sindical, apesar das mudanças que o Congresso deve fazer no projeto de reforma enviado ao Congresso pelo Executivo, “o interesse do governo ainda é muito feroz”, o que deve ensejar novas manifestações.

“Continuamos na rua e continuaremos na rua, até que finalize esse processo, para que a gente possa garantir uma aposentadoria consistente, mas que garanta os direitos que conquistamos”, destacou.

Para ele, outros categorias precisam ser colocadas em regime especial de aposentadoria e são necessárias alterações em outros pontos do texto.

“Existem pontos como a questão da própria idade, do próprio tempo de contribuição e categorias que precisam ser contempladas além do que já foram, o pessoal que trabalha na área de mineração, de saúde, os policiais militares”, afirmou.