Pelo menos 11 crianças, com idade entre 7 e 17 anos, foram retiradas da produção de farinha de mandioca. O resgate ocorreu durante uma operação da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério da Economia  nos estados da Bahia e Sergipe.

As crianças foram encontradas durante uma inspeção a casas de farinha nos municípios de Lagarto e Campo de Brito, em Sergipe, e Crisópolis, na Bahia.

Em Crisópolis foram inspecionadas quatro casas de farinha e, em duas delas, foram encontradas quatro crianças e adolescentes. A mais nova tinha sete anos e o mais velho, 17. Entre os trabalhadores, uma menina de 11 tentava alternar a raspagem da mandioca com o dever de casa da escola, informaram os fiscais do trabalho.

Já em Sergipe, foram 12 casas de farinha inspecionadas, com três adolescentes (de 15, 16 e 17 anos) encontrados em duas delas.

A lei proíbe que pessoas com menos de 18 anos atuem nesse tipo de atividade, relacionada na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP), de acordo com o decreto 6.481/2008.

De acordo com a Lista TIP, a atividade da fabricação de farinha de mandioca envolve esforços físicos intensos, acidentes com instrumentos pérfuro-cortantes, movimentos repetitivos e temperaturas altas. Entre os prováveis riscos à saúde estão contusões, cortes, queimaduras, amputações e tendinites.

Além de multar os responsáveis e retirar as crianças e adolescentes dos locais, a fiscalização notificou os proprietários para registro de todos os empregados. Ao todo, 118 trabalhadores estavam sem carteira assinada.