No dia 17 de maio de 1990, uma decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) representou um importante passo na luta pelos direitos do movimento LGBTQIA+: a retirada da homossexualidade da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. 

Hoje, são 33 anos em que a data simboliza a luta contra o preconceito e a violência, a favor da diversidade sexual. Seu objetivo é aumentar a conscientização sobre opressão, marginalização, discriminação e exclusão social de comunidades LGBTQIA+ em todo o mundo. Mas, ao que tudo indica, ainda há muito que ser feito.

 

Homofobia é crime!

 

Foi apenas em 2019 que a homofobia passou a ser considerada um crime previsto pela legislação brasileira. No primeiro ano após o julgamento do Supremo Tribunal Federal, de junho de 2019 a junho de 2020, foram 161 casos de homofobia registrados em todo o país. Dois anos depois, esse número passou para 600 ocorrências.

Em 2021, o Dossiê de Mortes e Violências contra a população LGBTQIA+ já havia registrado um aumento nos casos em comparação aos anos anteriores. Os homicídios correspondem a 82,91% das queixas. Logo em seguida, há homicídios motivados por discriminação (8,23%), latrocínios (7,28%) e causas não divulgadas (1,58%). 

Apenas entre 2020 e 2021, as denúncias de homofobia cresceram 150%. Realidade que mostra a importância e a necessidade do combate a esse problema ainda tão perpetuado no Brasil.

 

Por Camila Banhatto, da Sindicatos Online. Com informações de Claudia, G1 e Portal Fiocruz.