A crise do setor resultou na perda de um milhão de empregos formais no Brasil, entre 2015 e 2018, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Construção Pesada e Infraestrutura (Sinicon). Nesse período, o País teve redução de 2,6 milhões de postos – ou seja, só a construção respondeu por, aproximadamente, 40% do desemprego.

Empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, UTC e Constran estão entre os grupos que mais perderam mercado.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), Antonio de Sousa Ramalho, afirma: “Quando vemos desaparecer um milhão de empregos, por exemplo, 700 mil são do setor”.

Para Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, o mercado continua encolhendo. “Não há obra para grandes, médias nem pequenas”, disse em entrevista ao Valor.

Investimento – Além dos efeitos da Lava Jato, outro fator que provocou a queda de receita foi a redução de investimento do Governo, que agravou a crise financeira das empresas.

Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União – TCU -, divulgada em maio, 37% de obras financiadas com recursos da União estão paralisadas, o que envolve cerca de 38 mil empreendimentos.