O senador Otto Alencar (PSD), presidente estadual do PSD, conforme este Política Livre já publicou, deve orientar a bancada baiana na Câmara Federal a votar contra a reforma da Previdência na apreciação do texto em segundo turno. Ele confirmou, inclusive, durante reunião do Consórcio Nordeste, que se sentará à mesa com os deputados nesta segunda-feira (29) com este intuito.

A justificativa para a mudança de voto, conforme Otto, se dará pelo não cumprimento do pacto federativo, acordo que teria sido selado em prol do voto favorável em primeiro turno.

“Nós votamos a favor pelo pacto federativo, com o compromisso de, pelo menos, até antes do recesso votar o projeto da Cessão Onerosa, que, se aprovado, entraria, só pra Bahia, R$ 450 milhões, mais ou menos isso, o que não ocorreu. Votamos a favor pelo pacto federativo. Nossa posição ia ser votar contra. No regime geral da Presidência sou contra, discordo muito”, voltou atrás o pessedista, que chegou a taxar os deputados aliados do PT, PCdoB e PSB baianos de “incoerentes” por votarem contra a reforma da Previdência. Na ocasião, o cacique pessedista lembrou que no final do ano passado, deputados estaduais do PT, PCdoB e PSB votaram a favor das mudanças previdenciárias enviadas pelo governador Rui Costa (PT) para Assembleia Legislativa .

Os cinco deputados federais do PSD – Otto Filho, José Nunes, Antônio Brito, Paulo Magalhães e Charles Fernandes -, votaram a favor do texto, após Otto negociar, a pedido do governador Rui Costa (PT), com o Congresso e o governo Jair Bolsonaro a liberação de recursos para a Bahia. Tratou-se, segundo Otto relembrou hoje, de uma espécie de pacto firmado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), mais o deputado Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas que não teria avançado.